CASA DE JUVENAL GALENO

APRESENTAÇÃO


A ideia de criar o Salão Juvenal Galeno foi concebida em 1919, quando o poeta ainda vivia, por Henriqueta Galeno, que dava assim o testemunho do amor e dedicação que tinha ao pai, abandonando, inclusive a seu pedido, a carreira de jurista.

No aniversário do poeta, 27 de setembro daquele ano, ocorreu a fundação do Salão Juvenal Galeno no mesmo endereço residencial do poeta. No salão, eram apresentadas a um público seleto e numeroso, não só escritores, poetas e artistas locais, como aqueles de outras procedências que visitavam a capital cearense. Em breve tempo tornou-se famoso, por suas palestras e reuniões que atraiam os mais dignos nomes das letras no Ceará, com Mário da Silveira, Dolor Barreira, Filgueiras Lima, Euclides da Cunha, Patativa do Assaré, Raquel de Queiroz, Demócrito Rocha, Quintino Cunha, entre outros, que fizeram da Casa a tribuna onde defenderam suas ideias e sonhos.


A semente plantada naquele ano tomou proporções gigantescas, pelo seu objetivo exemplar de manter aceso o gosto pelas letras e estimular os jovens que já se iniciavam em tímidas reuniões de grêmios estudantis, e em 1936, cinco anos após a morte do ilustre cearense, Henriqueta inaugurou o salão nobre da instituição, que a partir de então, passou a chamar-se Casa de Juvenal Galeno e que, tem prestado incontáveis serviços à vida intelectual do Ceará, sob a orientação incansável de Henriqueta Galeno e posteriormente por Cândida (Nenzinha), Alberto, Amilcar e atualmente pelo bisneto do poeta,   Antônio Galeno.

A Casa de Juvenal Galeno é hoje uma instituição
oficial de cultura, reconhecida pelo Governo, graças aos esforços contínuos e pertinazes da filha do poeta, essa culta, brilhante e dinâmica Henriqueta Galeno, que todo Ceará conheceu. A fundação de tão admirável instituto que cultua a memória do vate cearense realizou-se a 27 de setembro de 1919, quando ele ainda vivia, como simples Salão Juvenal Galeno, onde eram apresentados a um público seleto, sempre numeroso e atento, aplaudidos e estimulados, não só escritores, poetas e artistas locais, como aqueles de outras procedências que visitavam a capital cearense. Esse notável salão literário teve horas verdadeiramente triunfais e a ação de Henriqueta Galeno através dele se fez sentir admiravelmente na elevação e no desenvolvimento do meio intelectual da cidade. Tornou-se no decurso dos anos um foco irradiante de cultura, bom gosto e espiritualização, vencendo todos os óbices duma época irreverente e materialista.







A Casa possui no corredor da entrada, duas estátuas de mármores que recepcionam os visitantes – uma representando a música e a outra, a maternidade.



No vasto Salão Alberto Galeno, há um mobiliário antigo de luxo, fotos, livros, diplomas, certificados e comendas da família Galeno.




Na Sala dos Espelhos, decoram o ambiente uma ampla marquesa , espelhos de cristais, consolos de mármore, cadeiras de palhinhas, mesas de mármore, bustos de Goethe e Schiller, uma escrivaninha de Juvenal Galeno e um móvel envidraçado onde estão guardados objetos de uso pessoal do poeta.





A Casa possui dois grandes auditórios: O principal, chamado Henriqueta Galeno, tem capacidade para 120 pessoas e dispõe de um palco com um piano de meia cauda e obras do pintor Otacílio Azevedo. O outro auditório – chamado Nenzinha Galeno - é ao ar livre, sombreado por frondosas mangueiras, com capacidade, também, para 150 pessoas.


Nos auditórios da Casa de Juvenal Galeno, muitas das grandes vozes do Ceará e do Brasil se têm feito ouvir em memoráveis sessões. Além de consagrar escritores, poetas e artistas, aqueles cenáculos os lançam e animam. São os grandes salões literários do Ceará, onde dignamente se apresentam à gente culta do Estado, os valores antigos e os novos do Brasil.




Em 1958, a Casa de Juvenal Galeno oferecia à comunidade cearense, mais um grande serviço, com criação da Biblioteca, que partiu inicialmente dos livros pertencentes ao Poeta, depois foram incorporadas as bibliotecas de Mozart Monteiro e a de César Coelho. Atualmente a Biblioteca conta com um acervo de aproximadamente 20.000 livros nacionais e estrangeiros. Somente de autores cearenses, as bibliotecárias catalogaram umas 1.200 obras, fora os 3.256 folhetos e outros tantos periódicos. A Biblioteca da Casa de Juvenal Galeno, portanto, é um dos maiores acervos em obras que são verdadeiras relíquias da história das nossas letras, como mais uma grande opção para a pesquisa histórica, social e científica.




No Salão Júlia Galeno, existem móveis centenários de luxo, faqueiros de prata, dois medalhões de terracota, dos quais ressaltam os perfis nobres de Víctor Hugo e León Gambetta, louçaria importada, cristais e vários outros utensílios utilizados pela família Galeno.

Considerado o principal abrigo dos poetas que ainda não tem nome conhecido nos meios cearenses, a Casa de Juvenal Galeno sempre esteve de portas abertas a todas as manifestações , com destaque especial para novos, que sempre encontraram na Casa um espaço aberto para cantar as angústias, sonhos e anseios que bem caracterizam a alma poética. Em cada canto, em cada móvel da antiga Casa, a presença viva do grande poeta que dedicou sua obra literária aos versos populares, revelando-se uma inesgotável fonte de criatividade, através de versos puros de extrema sensibilidade, que perpetuaram o seu nome em todo o país.


Ainda em 1936, Henriqueta criou, dentro da própria Casa, a Ala Feminina, com o objetivo de congregar a cultura da mulher cearense, que tinha na própria Henriqueta, um de seus nomes mais representativos. Na época, a iniciativa foi considerada bastante audaciosa, frente aos tabus que limitavam as atividades femininas, apenas à vida doméstica. A filha do poeta confirmava , mais uma vez o seu espírito empreendedor, de visão ampla e futurística, quebrando os preconceitos e dando à mulher cearense um espaço para dizer os seus dons, na poesia, na prosa, enfim na literatura em geral. Mais tarde em 1949 as sócias lançavam a revista “Jangada”, que circulou até setembro de 1954, servindo como meio de divulgação, não só das atividades da Ala, como de todos os empreendimentos da instituição.





Ao longo de sua existência, a Ala Feminina tem estabelecido intercâmbio cultural com vários estados do Brasil e do exterior.Durante muito tempo a entidade manteve coluna no extinto jornal “Correio do Ceará” que, juntamente com a revista Jangada divulgavam o nome de mulheres famosas nas letras, como Heloneida Studart, Maria de Lourdes Vasconcelos pinto, Evangelina Acióli, Risette Cabral Fernandes, Adísia Sá e tantas outras.


Atualmente a Ala conta com um número considerável de beletristas, que fazem da Casa de Juvenal Galeno um “organismo vivo”, atuando com destaque em diversos momentos da vida artística e cultural cearense.







     27/09/1975 - O Governador César Cals concede à Casa

                                de Juvenal Galeno a mais alta comenda do Estado :                             


A MEDALHA DA ABOLIÇÃO.






Casa de Juvenal Galeno é hoje um dos maiores centros da cultura cearense, congregando várias entidades: Ala Feminina da Casa de Juvenal Galeno-AFCJG, Academia Feminina de Letras do Ceará - AFELCE, Associação Cearense de Escritores – ACE, Academia de Letras Juvenal Galeno - ALJUG, Academia de Letras e Artes do Estado do Ceará - ALACE, Academia de Letras dos Municípios Cearenses - ALMECE, Cooperativa de Cultura do Ceará - COOPECULTURA,  Comissão Cearense de Folclore – CCF, Centro Cultural do Ceará - CCC,
Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste – CECORDEL, Associação de Ouvintes de Rádio do Estado do Ceará – AOUVIR-CEAssociação dos  Artistas e Proprietários de  Circo do Estado do Ceará – APAE-CE, Núcleo dos Amigos dos Mágicos do Ceará – NUAMAC, Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos e Culturais, Arte e Ciência - AGEACAC, Teatro Experimental de Cultura - TEC, Grupo de Canto Lírico – Alvarus Moreno - GCL, Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Ceará - SATED, Oficina de Violão - OV,  Grupo de Estudos Literários - Além do Verso , Grupo Chocalho- GC , Associação Maria Mãe da Vida - AMMV , Associação dos Humoristas Cearenses- AHC, todas estas entidades  realizam reuniões regulares e mantém intercâmbios com outros grupos e entidades afins, em quase todo o Brasil, divulgando o potencial artístico e cultural do Ceará.

Hoje, apesar da cidade ter ganho novos espaços culturais, ainda é palco de reuniões de trovadores, cordelistas , folcloristas, repentistas, jornalistas, escritores e poetas.

A Casa de Juvenal Galeno localizada na Rua General Sampaio, 1128, no Centro, é aberta ao público diariamente das 8h às 17h , aos sábados de 8h às 12h e no segundo domingo de cada mês das 15h às 19h. A Casa é dirigida pelo bisneto de Juvenal Galeno,  Dr. Antônio Galeno.

Maiores informações podem ser obtidas pelo fone (0XX85) 3252-3561.



Missão

Preservar e divulgar o legado do escritor Juvenal Galeno, convertendo-se em um espaço de convivência, pesquisa e lazer, um foco de cultura para a comunidade cearense e um catalisador da revitalização do centro da cidade de Fortaleza.


Visão

Continuar com a liderança consolidada como um dos melhores equipamentos de cultura do Estado do Ceará. 

Nossos Valores

Pessoas : Profissionais valorizados e comprometidos com a missão, visão e valores da Casa de Juvenal Galeno.
Integridade e Ética: Ações desenvolvidas com ética, profissionalismo e responsabilidade socioambiental;
Programação: Eventos culturais conduzidos com eficiência e eficácia.
Satisfação : Oferecemos uma programação cultural diversificada e de qualidade à população.

                                                          Lema

"Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos e sem responsabilidade, talvez, não devamos existir."
                                                                                              (José Saramago)

Aspectos Positivos

A Casa de Juvenal Galeno tem atingido os seus fins de órgão promotor e incentivador da cultura em nosso meio, e até ampliado os seus círculos de relacionamentos, literários, abrangendo diversos gêneros, desde academias de letras, a exemplo da Academia Feminina de Letras do Estado do Ceará até associações de cunho popular, a exemplo da Associação Cearense de Folclore, Academia Cultural dos Cordelistas do Nordeste , além de outras associações , tem aqui a sua sede.

A Casa de Juvenal Galeno atende a todos os níveis culturais e sociais: acadêmicos e violeiros, jornalistas e escritores, poetas e cantadores de ópera, circenses e cantadores de desafio, historiadores e geógrafos, portanto, está evidenciado o tipo de atividade da Casa – servir, à comunidade fortalezense em todas as suas manifestações de cultura, da popular à clássica.




Responsável pela informação:

   Antônio Santiago Galeno Júnior

Diretor da Casa de Juvenal Galeno